Luiz Claudio Vianna de Faria nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Graduou-se em Psicologia. Há 20 anos trabalha como psicólogo clínico e psicanalista. Autor de dois livros de poesia, Antes que madrugada e Corpos em deserção.
AI QUEM ME DERA
Ai quem me dera compor canções à luz da lua
Sentado, Carlitos, à beira deserta duma rua
De bem co'a vida, o sorriso fácil n'alma lis
Farrapo de luz, terno de linho, chapéu de gris
Ai quem me dera filosofar em bom francês
Burilar, Sartre, pensamentos à beira do Sena
Trazer a alma leve, serena e lisa a tez
O riso cheio de vin rouge, de lirismo a fiel pena
Ai quem me dera Woody Allen, ter sonhos
De um sedutor, tomar todas em Manhattan
À meia-noite pegar o último bonde para Santa Teresa
Deleitando-me sob os olhares ébrios da lua têsa
Ai mas que não passo de um reles tecedor de loas
O espírito travesso gastando-me a vida assim à toa
Gosto assim. E hei de gastá-la em boa companhia
Chapéu de gris, vin rouge, amor de lua, poesia.
Do livro Corpos em deserção (Oficina do Livro, 2002)
Um comentário:
Acho as poesias de Luis Claudio de Faria muito lindas.Elas me chegaram as mãos por intermédio de uma grande amiga.Uso-as para tornar belas as minhas , singelas , aulas de literatura.Peço ao novo poeta para continuar sua linda jornada(sei que isso pode resultar em noites insônes).Agradeço muito pelas belas poesias e peço desculpas por usa-las sem pagar os devidos direitos. Mas,hei de torna-lo famoso!!
Um grande abraço de um profissional da área de educação.(Port.-Ing.-Liter.)Tenho certeza do seu sucesso.Você,tenho certeza o merece!)Amei a poesia que o senhor dedicou as suas filhas.(LINDA!!!)
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