Para tentar diminuir a dor de Machado, a jovem Alba Ribeiro de Araújo, filha do casal Fanny e Armando Ribeiro de Araújo, vizinhos de Machado, lhe deu, em 1906, dois anos após a morte de Carolina, um pequeno gatinho preto. Depois que o animal começou a fazer parte de rotina da casa do escritor, Machado escreveu uma carta irreverente para a menina, como se fosse o gatinho que escrevesse, uma prova de que o novo hóspede da casa lhe deu momentos de alegria. "D. Alba. Só agora posso pegar da pena e escrever-lhe para agradecer o obséquio que me fez dando-me de presente ao velho amigo Machado. No primeiro dia não pude conhecer bem este cavalheiro; ele buscava-me com palavrinhas, doces e estalinhos, mas eu fugia-lhe, com medo, e metia-me pelos cantos ou embaixo dos aparadores. No segundo dia já me aproximava, mas ainda cauteloso. Agora corro para ele sem receio, trepo-lhe aos joelhos e às costas, ele coça-me, diz-me graças, e se não mia como eu é porque lhe custa..." (Machado de Assis - Vida e Obra -Volume 4 - Apogeu, de Raimundo Magalhães Júnior).
BLOG CULTURAL DO TRADUTOR, ESCRITOR, FILÓSOFO E FOTÓGRAFO IVO KORYTOWSKI. SEJA BEM-VINDO E VOLTE SEMPRE!
Marcadores
- Amsterdam
- Angola
- Arsène Lupin
- Balzac
- Brasil
- Deus
- Drummond
- Israel e antissemitismo
- Londres
- Machado de Assis
- Monteiro Lobato
- O Anel do Nibelungo
- Paris
- Passaporte para o Paraíso
- Pedro Nava
- Poetas de A a Z
- São Paulo
- Textos e poemas natalinos
- arquitetura
- contos
- crítica literária
- crônicas
- ensaios fotográficos
- frases bem boladas
- futebol
- gatos
- maconha
- meu glossário
- meus contos
- meus livros
- minha palestra
- minhas crônicas
- minhas poesias
- minhas traduções
- poemas & textos mórbidos
- poesia
- poesia traduzida
- política brasileira
- resumos de livros
- viagens
Garça
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário