A ESQUERDA EM BAIXA, de JAYME COPSTEIN

ARTIGO PRESCIENTE DE 19/7/2010 DO BRILHANTE JORNALISTA E RADIALISTA GAÚCHO JAYME COPSTEIN, FALECIDO EM 12/1/2017, COM QUEM TIVE A OPORTUNIDADE DE ME CORRESPONDER POR VÁRIOS ANOS, EMBORA NÃO VIESSE A CONHECÊ-LO PESSOALMENTE. FOTOS DO EDITOR DO BLOG TIRADAS DURANTE OS MEGAPROTESTOS PACÍFICOS QUE PRECIPITARAM A IMPLOSÃO DO PROJETO DE PODER CRIMINOSO PETISTA, SALVANDO-NOS DO FANTASMA DA VENEZUELIZAÇÃO



Enquanto na América Latina, a esquerda só conseguiu progressos eleitorais aliando-se a manjados caudilhos populistas e a corruptos de todas as roupagens ideológicas, na Europa comentaristas políticos especulam se qualquer vertente do socialismo tem futuro. 

As indagações nascem do desastre econômico a que partidos de esquerda produzem quando governam, como atualmente em Portugal, Espanha e Inglaterra, ou já governaram, como França e Itália, onde continuam a sofrer pesadas críticas.

Mesmo diante da crise que assola o mundo capitalista, a opinião pública europeia não se mostra condescendente com a esquerda. É que os anos de austeridade e contenção dos conservadores no Governo têm sido sistematicamente desbaratados em benemerências sociais sem pé na realidade. Aliás, é o que está acontecendo no Brasil de hoje em que os esforços do governo anterior, para alcançar solidez à economia e equilíbrio às finanças, têm sido malbaratados em projetos de perpetuação no poder da aliança que nele se aboletou para saquear o Tesouro

O declínio político da esquerda europeia foi registrado sob o dramático título de “Os últimos dias do socialismo”, em matéria do International Herald Tribune, a edição internacional de The New York Times. Mas Bernard Henri Lévy, ícone do socialismo francês, foi mais contundente: "Já está morto. Ninguém, ou quase ninguém, se atreve a dizê-lo. Mas todos, ou quase todos, sabem disso”.

A matéria publicada pelo International Herald Tribune resume artigo do próprio The New York Times, intitulada “Europe’s Socialists Suffering Even in Downturn” (Socialismo europeu sofre declínio).” É uma longa análise da situação político-partidária europeia. Dela se depreende que contribui para a agonia do esquerdismo europeu o fato de ser doutrina inspirada pela realidade do Século 19, mas superada por avanços tecnológicos do final do Século 20, como a globalização, por exemplo. Enrico Letta, jovem líder da esquerda italiana, confrontado com o populismo nacionalista de Berlusconi, assinalada a necessidade de “construir um centro-esquerda pragmático, como alternativa atraente e não mera oposição”. 

Há certa semelhança com a situação brasileira, onde os partidos de esquerda, após anos de recalcitrante oposição, aliaram-se ao que havia de pior na prática política, para um projeto anfíbio de poder. Na superfície, a submissão aos corruptos e inescrupulosos sob o pretexto da governabilidade. Nas águas profundas, o aparelhamento do estado e as repetidas tentativas de impor uma ditadura dissimulada sob a máscara de “democracia direta”, criando de “conselhos” para controlar a justiça, a educação e a livre manifestação do pensamento através da censura à imprensa. 

É evidente que Tony Judt, diretor do Instituto Remarque da Universidade de Nova York não leva em conta nem faz referência à evolução da esquerda brasileira ao se mostrar pessimista em relação à receita de Enrico Letta, mas a observação da coincidência de situações se legitima no comportamento semelhante dos “militantes”, aqui e na Itália. Judt é taxativo: "Não acho que o socialismo na Europa tenha futuro, e dado que é parte essencial do consenso democrático europeu, é uma má notícia ".

Resta saber para quem, se para a esquerda ou para todos nós, que devemos nos preparar para a violência do terrorismo, tal como ocorre quando esta gente não consegue impor-se pela convicção das ideias [COMO VEM OCORRENDO ATUALMENTE NA VENEZUELA].

MITOS DA ESQUERDA (ou O ÓPIO DOS INTELECTUAIS), de IVO KORYTOWSKI



A esquerda criou o mito de que Dilma foi derrubada por um golpe de estado e Lula é a inocente vítima de um complô judiciário (quando na verdade Dilma caiu vítima da própria incompetência e Lula foi o chefe da quadrilha que depenou a Petrobrás, entre outros ilícitos).

A esquerda criou o mito de que Israel é o arquivilão do Oriente Médio (quando na verdade abundam vilões nessa conturbada região do globo).

A esquerda criou o mito de que os EUA mereceram os ataques terroristas de 11/9 (sem comentários).

Quando Sadam Hussein invadiu o Kuwait, a esquerda criou o mito de que o Iraque tinha um direito histórico àquela área (lembro bem, cheguei a polemizar com esquerdistas na seção de cartas do JB, a “rede social” da época).

Quando as tropas do Pacto de Varsóvia entraram em Praga, a esquerda criou o mito de que foram recebidas com aplausos e flores pela população tcheca (recordo bem, ouvi na época nas transmissões em ondas curtas da rádio de Moscou).

A esquerda criou o mito de que a Cuba é o paraíso sobre a Terra (quando na verdade esse paraíso é a Dinamarca, se é que existe).

A esquerda criou o mito de que o Muro de Berlim foi erguido para proteger o lado comunista de espiões e agitadores ocidentais (lembro perfeitamente, li isso num livro de esquerda sobre a questão do Muro na época – uso “questão” de propósito porque esquerdista não consegue articular uma ideia sem uma “questão” no meio – pobreza vocabular?)

A esquerda criou o mito de que o Guia Genial dos Povos, Stalin, conduziria a União Soviética para o radioso porvir socialista (quando na verdade Stalin foi um assassino do mesmo quilate de Hitler).

A esquerda de linha maoísta (porque, assim como a religião, a esquerda se divide em seitas) acreditava que Mao Tse Tung conduziria a China idem. (Me engana que eu gosto.)

A esquerda criou o mito de que o capitalista é o maior inimigo do trabalhador (quando na verdade é o capitalista quem cria os empregos – pense bem, se o capitalista é dispensável, como reza a cartilha marxista, por que o trabalhador, em vez de se sujeitar à humilhante busca de emprego, não cria seu próprio emprego?)

A esquerda criou o mito de que os Estados Unidos são os maiores vilões do Universo (tente viver sem as comodidades que os americanos trouxeram ao mundo: para-raios, avião a jato, geladeira, aspirador, I-Pod, Kindle, Viagra, vacina Sabin, etc.)

Se, como queria Marx, a religião é o ópio do povo, eu diria que o marxismo é o ópio dos intelectuais

VERDADE, de FRANCISCO DAUDT

TEXTO PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 26/4/2017 NO BLOG DE FRANCISCO DAUDT DA VEIGA

Boca da verdade, em Roma. Reza a lenda que, se você enfiar a mão na boca e disser uma mentira, ela fechará. Por via das dúvidas...

“A realidade pode ser incômoda, mas é o único lugar onde se consegue um bife decente”, disse Woody Allen, resumindo a relação conflituosa que nossa espécie tem com a verdade. Precisamos dela, mas frequentemente a rejeitamos.

Tudo começou com a morte. Tão logo brotou no sapiens a percepção de que todos vão morrer – inclusive o próprio –, ele arranjou um jeito de dizer “não é bem assim, existe vida após a morte”. E deixou o primeiro sinal de consciência registrado pela espécie, há cem mil anos: os ritos fúnebres.

Fato é que os dois instintos que nos movem – a sobrevivência pessoal e a da espécie –, fazem com que lidemos com a realidade, ora buscando a verdade, ora fugindo dela. Vejamos o sexo: um provérbio português dos anos 1600 dizia que “juras de foder não são para crer”. Esse negócio de “eu vou casar com você amanhã” deve ser bem verificado pela moça, pois as chances de o rapaz estar em franco desapreço pela verdade são muito grandes.

No caso da sobrevivência pessoal, o processo de delação premiada é exemplar quanto ao jogo entre a verdade e o risco de mentir: o delator tem tudo a perder se estiver mentindo. Vai em cana, não ganha seu prêmio. Já o delatado tem tudo a ganhar, se sua mentira emplaca. É a velha questão do “cui prodest” (quem se beneficia?) latino, que serve de boa pista para se descobrir o culpado do crime. Ele se aplica à divisão política que o país vive: há um monte de gente com a postura de que “se os fatos contrariam as minhas crenças – ou meus interesses corporativos –, bem, danem-se os fatos”.

Outro exemplo é o “me engana que eu gosto”. Ninguém quer ser trapaceado; já docemente enganado, até contratualmente, nós todos adoramos: quando vamos ver um filme, aplicamos o “suspension of disbelief”, um acordo de suspensão da desconfiança para poder embarcar na ficção. De modo que, se aparecer um centurião romano de relógio, vamos ficar muito aborrecidos com esse chamado da realidade.

E há o pensamento mágico: nossa sobrevivência pede um certo grau de controle (ou de ilusão de controle) sobre o mundo externo. É bom saber se vai chover na minha horta, e se eu puder controlar a chuva através de uma dança ritual (ou do cacique cobra-coral), eu a farei. Assisto passivo ao jogo de futebol, mas se pegar uma cerveja na geladeira pode ajudar o meu time a fazer gol (afinal, foi o que aconteceu no jogo passado), lá irei pegá-la.

Milênios se passaram até que alguém humildemente admitiu sua ignorância: “Não sei porque isso acontece. Mas quero saber”. Foi o embrião da ciência. Não é um assombro pensar que tal postura – como tendência mundial – tem apenas seiscentos anos?

O que dizer das convicções dos filósofos realistas e idealistas frente a uma árvore que cai no meio do deserto sem testemunhas? Os realistas creem que a árvore faz barulho ao cair. Os idealistas, como julgam que a realidade só existe no mundo das ideias, creem que não, que ela cai em completo silêncio. Preciso dizer que sou realista?

Neste tempo de pós-verdade, de relativismo, de “verdade de cada um”, deixo claro aqui que nunca entrarei num avião construído por um engenheiro pós-moderno.

PARA LER O DIÁRIO DA VIAGEM ONDE FOTOGRAFEI A BOCA DA VERDADE EM ROMA CLIQUE AQUI. Para ler outras ótimas crônicas de diversos autores clique no label "crônicas" abaixo.

PASSAPORTE PARA O PARAÍSO (livro de IVO KORYTOWSKI)


Ivo Korytowski
Passaporte para o Paraíso
Editora Fragmentos

Passaporte para o Paraíso desenrola-se em três planos: em primeiro plano, descrevem-se as vicissitudes de um judeu alemão que emigra para o Brasil com a família a fim de escapar ao nazismo; o segundo plano trata do romance entre seu neto e uma brasileira católica numa época em que o casamento de pessoas de religiões diferentes ainda era problemático; o terceiro plano consiste em uma reflexão sobre a crença no Messias. “O senso de humor, ironia e apreciável gama de conhecimentos filosóficos são responsáveis por uma trama singular e atraente.” Escrito trinta anos atrás, só agora tive a oportunidade de publicar. Menção honrosa do Prêmio Graciliano Ramos da UBE em 1992.

"Considero Passaporte para o Paraíso de Ivo Korytowski um romance de grande valor. Trata-se de um romancista arguto e denso. Ele tem cultura filosófica e uma visão extremamente lúcida da realidade. Seu livro – sobre o drama terrível dos judeus – é um desses livros intensos que a gente não esquece nunca mais." Antonio Carlos Villaça

ONDE COMPRAR O PASSAPORTE PARA O PARAÍSO:

O livro está esgotado, mas existem exemplares à venda na Estante Virtual.

ELOGIOS AO LIVRO:


Estou lendo seu livro, você consegue colocar verve em trechos dramáticos. Auto referente e bom texto.
Esther Largman

Terminei de ler ontem à noite todas as 122 páginas (123, contando a “Nota do Autor”) do seu «PASSAPORTE PARA O PARAÍSO». Conforme eu antecipava, teu livro é Opera Prima, quem conhece o autor, pessoa de alta qualidade, sabe que sua obra também vai ser de alta qualidade, muito culturalmente informativa. E mais que isso, eu passei a conhecer melhor as tuas origens (origens dos Korytowskis).
Merece ser elogiado:
1º) porque tem alta qualidade literária, e de sobra;
2º) permite ao leitor conhecer características/costumes do povo judeu não facilmente encontráveis em português em quaisquer outros lugares.
Erik José Steger

Estou aqui comovido com a leitura do seu "Passaporte". Comentei sobre ele com o ***, cujos pais também fugiram do nazismo, e ele me pediu um exemplar. Onde encontro?
Francisco Daudt

Realmente você é um bom escritor, nasceu para as Letras, o que se confirma nas suas outras obras e nos seus blogs.
Parabéns e sucesso.
Ronaldo Câmara

O livro do Ivo é maravilhoso, eu adorei, principalmente porque eu conheci a família. Ele escreve tão bonito que a gente fica emocionado.
Judith Berger

Ivo, eu li o livro Passaporte para o Paraíso, escrito por você, e achei-o sensacional! Parabéns!!!
Siomara De Cássia Miranda

O artifício das narrativas paralelas mostra com humor e ironia a assimilação de culturas quase opostas (e tão parecidas). Se Sérgio fosse goy (é assim?) e Helena judia, como aconteceria o progresso do casamento?  O registro da já tradicional marmelada no Itamaraty e adjacências do poder dá um “flagra” bem a propósito. Histórias que muitos outros Ottos contariam.
Que o Passaporte tenha perene validade para outros romances, com humor, amor e ironia.
Helio Brasil

Gostei muitíssimo do seu livro, diverti-me a valer.
Alexei Bueno

Só agora pude terminar a leitura desse excelente romance, não me importando como classificá-lo. Confesso que não fiquei surpreso com a qualidade superior do texto e da trama. Muito interessante, completamente novo para mim, o processo de criação da obra. Esse processo merece um estudo a parte, já que há cortes abissais que se recosturam e retomam um "fio condutor", que seria, digamos, sub-reptício ou subterrâneo. Coisa de Mestre!

Seu Passaporte para o Paraíso, eu diria, para a Eternidade, já está acertado. Você já escreveu para dialogar com as gerações futuras. Falo sem medo de errar.
Geraldo Reis


Comecei a ler o seu livro (Passaporte para o Paraíso) dentro do avião, no voo do Rio para BH. Li até a p. 30, apreciei muito e quando o avião aterrissou, senti-me frustrado, querendo que o voo durasse mais tempo. Agradaram-me imediatamente a redação, o estilo e o conteúdo. Agora vou continuar a ler um pouco mais devagar, curtindo todos os detalhes. Acho que o menino na capa é você.
Osmar Brina Corrêa-Lima

Já terminei seu livro há algum tempo, li aos poucos, um capítulo por dia, degustando. Seu texto é muito bom, a narrativa flui de forma bem agradável e os toques de humor são uma das suas principais características. É interessante refletir sobre como o povo judeu jamais poderia imaginar que um país culto como a Alemanha poderia se render a um psicopata como Hitler. Aliás, ninguém poderia imaginar isso, essa é que é a verdade. Fica a vontade de ler mais, acho que a história poderia ser bem maior, centrada no casal, achei que terminou de uma forma que a gente fala assim: poxa, já?
André Luis Mansur Baptista

Ivo, terminei de ler o teu livro ontem à noite: UMA OBRA PRIMA! PARABÉNS! ESCREVA MAIS LIVROS!
Márcio Steinbruch


Tive dificuldade, no início, de entender um “romance” no qual o autor entra no texto e faz comentários, traz dados históricos e esclarecedores sobre a questão tratada. Felizmente, no andar da leitura fui me acostumando e gostando!
Nireu Cavalcanti

Sim eu recebi o livro, inclusive fiz uma menção no fcb do seu livro. Obrigada eu gostei imensamente (eu li em uma noite quase!) gostei da comparação a Tiradentes... fica mais fácil explicar para quem não se conhece com a história do povo judeu.
Martha Meneses (Munique)

Agora, quanto a seu livro, gostei muito mesmo.  Sou da área de Educação e, com tudo que já foi escrito sobre o Holocausto, identifico uma abordagem interessante e esclarecedora sobre a questão dos judeus alemães.  Mostrou emoções e dificuldades muito raramente explicadas.  E de uma maneira tão enxuta!  

Adorei o seu tipo de senso de humor irônico - só mesmo um ieque consegue - inclusive descrevendo situações nada engraçadas.

Muita sensibilidade perpassa todas as suas narrativas.  Emocionará a muitos que forem ler o seu livro.

Para não deixar dúvidas que gostei, o livro foi recebido ontem à tarde e já está lido. 

Mas, como vc convida a críticas, o meu reparo está no assunto Messias.  Aqui vc perdeu a oportunidade de colocar as diferenças básicas entre o pensamento messianico judaico e o cristão.  Não se trata de discutir Jesus ou não Jesus mas sim teria sido interessante mostrar que o Messias judeu não corresponde à visão cristã.   Lamento que nesse assunto vc não aproveitou a sua capacidade de síntese.
Jeanette Bierig Erlich

Já tem um tempinho que acabei de ler o "Passaporte para o paraíso" e no momento quem está lendo é a Sonia, minha irmã. Muito legal. Gostei, e aquela jogada de alternar o tipo da letra conforme o enfoque do capítulo, ficou interessante. Serve para desligar temporariamente do fio geral da história, sem sair da história.
Manoel Rodrigues

Ma femme a déjà lu Passa Porte, e realmente a-do-rou!! Moi, je n´ai lu que quelques passages jusqu´ici, mais c´est vraiment prometteur... Bravo.
Richard Beer

Muito prazerosa a viagem pela boa Literatura, de posse do seu "Passaporte para o paraíso ".

O passeio/leitura por três narrativas distintas,  bem articuladas, flui vigorosamente, informa, diverte e faz pensar,  não fosse vc um estudioso de Filosofia e nem um pouco pretensioso  (sem falsa humildade), ao apontar questões importantes à reflexão. 
Conceição Albuquerque

Meu caro
Como pode imaginar já li o livro.
À parte uns termos que não sou de usar (punheta e mais um ou outro !) achei o livro muito bem delineado, sarcástico, cheio de humor.
Gostei e dei algumas risadas.
Parabéns
Um abraço
Francisco Amorim

Parabéns pelo livro! Gostei muito!!
Jordi (agência literária Mertin)

RESENHAS:

No blog Poesia, Arte e Literatura de Salomão Rovedo. Para acessar clique aqui.

Na edição de setembro/outubro de 2017 do Jornal da Associação Nacional de Escritores (ANE). Para acessar clique aqui.