POETRIX


O poetrix surgiu como uma “evolução” do haicai. À semelhança do haicai, compõe-se de um terceto (estrofe de três versos), mas o tamanho dos versos é livre, conquanto o poema total não deva exceder trinta sílabas poéticas. É obrigatório um título. Segundo o Primeiro Manifesto Poetrix, trata-se de uma “arte minimalista, ou seja, ele procura transmitir a mais completa mensagem com o menor número de palavras”

Outuno
(Relva do Egypto Rezende Silveira)

Começa o outono...
Folhas secas ao vento –
tapetes voadores

Rio
(Rodrigo Freese Gonzatto)

você chorando
e água
faltando no mundo

Night Business
(Eliana Mora - RJ)

Anoitece.
O ouro cai:
a prata se valoriza.

Esquentes
(Jussara Midlej)

um afago em dó
um beijo em lá
e me mudo pro sol...

Fugaz
(Tê Soares)

Cama desarrumada,
liberdade para as borboletas
estampadas nos lencóis...

Rosa-dos-Ventos

(Goulart Gomes)

Os olhos de Capitu
desgovernando-me a bússola
sem noite, sem céu, sem sul

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