JOSÉ ANTONIO JACOB


José Antonio Jacob é um poeta juiz-forano nascido em 1950 e aposentado pela Companhia Telefônica de Minas Gerais. No site da Academia Virtual Poética do Brasil, da qual ocupa a cadeira de honra n. 1, lemos: "Desde as primeiras letras o menino José Antonio de Souza Jacob foi estimulado a ler grandes poetas, levado pela mão de seu pai Antônio José, um comerciante que adorava poesia, especialmente a dos brasileiros e dos portugueses. Entre as leituras de sua infância e adolescência estão poesias de Raul de Leôni, Mário Quintana, Augusto dos Anjos, António Nobre, Cesário Verde, Fernando Pessoa e Charles Baudelaire. 'Sempre fui um amante da poesia. Leio poemas desde a infância. Entendo que a poesia é a mais pura forma literária de expressão do sentimento humano'."
É autor do livro de poesias Almas raras.

O PALHAÇO

Ele se fantasiava de palhaço
E punha um rosto alegre de improviso,
Desmanchava a tristeza com um traço,
Depois riscava a boca num sorriso.

Então saía em busca de um abraço,
Soprando apito e balançando guizo,
E, entre uma cambalhota e um descompasso,
Ganhava o pouco pão que era preciso...

E, ao seu redor, juntava a meninada,
Velhos e jovens de sorriso largo,
E a gente em volta sempre a dar risada...

Sublime sina e doloroso encargo!
Trazer no rosto a vida adocicada
E ter no peito o coração amargo.

FILHOS DE MINAS

Ó filhos do minério e da montanha,
Gente que a Natureza não estranha;
Meninas e Meninos das Gerais,
Senhoras e Senhores do Amanhã,
Dos quais o sol é irmão, e a lua é irmã,
Visto que Deus nos deu céu aos quintais!

Ouvi Senhores que eu nasci aqui
E quem nasceu aqui, como eu nasci,
Neste abençoado solo brasileiro,
Consagra para sempre o amor filial;
Acredita no Bem, despreza o Mal,
E ainda se orgulha mais por ser Mineiro!

E não mede as distâncias das estradas
Pelas rotas, e sim pelas passadas,
Não teme o vento e nem a tempestade,
É crente em Deus, ao Céu e à Liberdade!

Foto da ArtCulturalBrasil.

2 comentários:

Tere Penhabe disse...

Salve, Poeta!
A poesia tem sido a minha luz, e mais uma vez, foi ela que me trouxe a esse espaço maravilhoso,
para depois de reler mais umas tantas vezes essas duas preciosidades de José Antonio Jacob, deleitar-me
nas crônicas de Ivo Korytowski. Puro encanto e sobraram aplausossssssss... tere penhabe

Anônimo disse...

Meus cumprimentos ao Blogger Sopa no Mel, pois ficou ainda mais valorizado com a presença marcante de José Antonio Jacob.
Eu possuo o livro "Almas Raras" é pois com prazer que expresso minhas impressões sobre o grande poeta. Os versos de Jacob, para mim, são como o orvalho que cintila nos canteiros do vergel e nos envolve mansamente como que gotejando lá do céu! Felizmente para esta fã, o poeta ainda está na terra, mas sua inspiração mais parecem vir diretamente do Paraíso.