José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga, SP, em 1926. Estudou química industrial em Curitiba. Durante muitos anos trabalhou num laboratório farmacêutico, sem deixar de lado a literatura (o avô era livreiro). Em 1963, trocou a química por um trabalho editorial intenso à frente da Editora Cultrix. Em 1981, aposentou-se como editor e passou a se dedicar às traduções do inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e grego moderno. Morreu em 8 de outubro de 1998. A revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional, incluiu José Paulo Paes na lista dos 20 maiores poetas brasileiros vivos no final do século XX. Escreve Alexei Bueno, em Uma história da poesia brasileira: “A obra poética de José Paulo Paes, de pequena extensão, divide-se em grande parte entre o lúdico e o experimental. Magnífico tradutor e ensaísta, acreditamos que a sua poesia tem um peso menor em relação a essas outras atividades suas nos domínios da literatura.”
Convite
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
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