O Muro de Berlim, símbolo execrável da desumanidade do socialismo, fotografado por mim em 1985 |
A expressão Tiers Monde (Terceiro Mundo) foi criada pelo economista e demógrafo francês Alfred Sauvy num artigo publicado em L'Observateur de 14 de agosto de 1952. Traçando um paralelo com o Terceiro Estado do tempo da Revolução Francesa, referiu-se aos países que não pertenciam ao bloco ocidental nem ao bloco comunista. O artigo (“Trois mondes, une planète” — “Três Mundos, um planeta”) começa com este parágrafo:
Falamos facilmente de dois mundos presentes, de sua guerra possível, de sua coexistência, etc., esquecendo com frequência que existe um terceiro, o mais importante e, em suma, o primeiro cronologicamente. É o conjunto dos denominados [...] países subdesenvolvidos.
Sobre a origem da expressão, o próprio Alfred Sauvy escreveu posteriormente esta nota:
Em 1951, numa revista brasileira, falei de três mundos, sem empregar porém a expressão “Terceiro Mundo”. Criei e empreguei pela primeira vez esta expressão por escrito na revista francesa “l'Observateur” de 14 de agosto de 1952. O artigo terminava assim: “Pois enfim este terceiro mundo ignorado, explorado, desprezado como o terceiro estado quer ser, ele também, alguma coisa.” Reescrevi assim a famosa frase de Sieyes sobre o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa. Eu não acrescentei (mas disse, às vezes, de brincadeira) que se poderia equiparar o mundo capitalista à nobreza e o mundo comunista ao clero.
O Segundo Mundo, portanto, eram os países comunistas no tempo da Guerra Fria: URSS, China e Leste Europeu.
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