Anderson Braga Horta, poeta, contista, crítico literário, tradutor de poesia, nasceu em Carangola, MG, em 1934. Diplomou-se em Direito em 1959, foi jornalista, professor, assessor legislativo da Câmara dos Deputados. Reside há longos anos em Brasília. (Dados e poema obtidos na revista Poesia para todos n. 4).
AFÃ
A vida, essa experiência deletéria
do Ser, que na existência se complica.
A vida, esse impossível que na etérea
face do Cosmos uma ruga implica.
A vida, este sofrer, esta miséria
que uma esperança absurda santifica.
A vida, esta ilusão, maia, aura, aérea
construção que no engano se edifica.
A vida, ávida vide em que a venérea
ave da áurea ventura nidifica.
A vida, esse esplender, essa cinérea
dor de ter sido luz que o céu abdica.
A vida, essa aventura da matéria,
que, no afã de ser Deus, nos multiplica.
AFÃ
A vida, essa experiência deletéria
do Ser, que na existência se complica.
A vida, esse impossível que na etérea
face do Cosmos uma ruga implica.
A vida, este sofrer, esta miséria
que uma esperança absurda santifica.
A vida, esta ilusão, maia, aura, aérea
construção que no engano se edifica.
A vida, ávida vide em que a venérea
ave da áurea ventura nidifica.
A vida, esse esplender, essa cinérea
dor de ter sido luz que o céu abdica.
A vida, essa aventura da matéria,
que, no afã de ser Deus, nos multiplica.
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