Vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do Presidente, e do líder do partido do Presidente, e do tesoureiro do partido do Presidente... (fique entre nós: lá, tenho a verba que quero no paraíso fiscal que escolherei).
Vou-me embora Brasil afora (onde todo mundo é meu amigo): Bela Vista, Belo Horizonte, Bonito, Feliz, Formosa, Jardim, Nova Esperança, Porto Alegre, Maravilha — beleza pura!
Vou-me embora to Brazil, South America, capital city Buenos Aires, gastar o milhão que ganhei (suando a camisa no assalto ao trem-pagador) com as "amiguinhas" — mulatas, morenas, louras, um harém! — que arranjarei.
Vou-me embora pra Terra de Marlboro, lá sou amigo dos caubóis, e posso fumar fumar fumar — que o câncer não vai me matar.
Vou-me embora pra Maracangalha, lá sou amigo do Dorival, uniforme branco, chapéu de palha, e desta vez há de vir Amália.
Vou-me embora pra Terra do Nunca, lá sou amigo do Peter Pan, de lá estico pra Terra Encantada, dou uma passada no País das Maravilhas e — brincar brincar brincar — venho parar no Sítio do Picapau Amarelo.
Vou-me embora pra Terra do Sol Nascente, lá sou amigo das gueixas frementes, ver o arrebol da manhã enquanto ainda dorme o Ocidente.
Vou-me embora pra terra de Oz, lá sou amigo do mago dotado de superpoderes (efeitos especiais, dizem os desmancha-prazeres).
Vou-me embora pra Casa da Mãe Joana, zorra total, liberou geral, oba oba, a vida eterno carnaval/bacanal/saturnal... legal!
Vou-me embora mundo afora: Kristinestad, Smyrna, Kadmandu, La Tur du Pint, Malabar, Honolulu (quem sabe ainda vá parar, pleno Pacífico, na ilha de Vaitupu?)
Vou-me embora pro ultramar, pros antípodas, pro fim do mundo, lá onde o Judas perdeu as botas, pra lá de Marrakesh, pra lá de Bagdá.
Vou-me embora pra Amsterdam, passear de barquinho nos canais, fumando haxixe no narguilê — que lá a polícia não vem prender.
Vou-me embora Brasil afora (onde todo mundo é meu amigo): Bela Vista, Belo Horizonte, Bonito, Feliz, Formosa, Jardim, Nova Esperança, Porto Alegre, Maravilha — beleza pura!
Vou-me embora to Brazil, South America, capital city Buenos Aires, gastar o milhão que ganhei (suando a camisa no assalto ao trem-pagador) com as "amiguinhas" — mulatas, morenas, louras, um harém! — que arranjarei.
Vou-me embora pra Terra de Marlboro, lá sou amigo dos caubóis, e posso fumar fumar fumar — que o câncer não vai me matar.
Vou-me embora pra Maracangalha, lá sou amigo do Dorival, uniforme branco, chapéu de palha, e desta vez há de vir Amália.
Vou-me embora pra Terra do Nunca, lá sou amigo do Peter Pan, de lá estico pra Terra Encantada, dou uma passada no País das Maravilhas e — brincar brincar brincar — venho parar no Sítio do Picapau Amarelo.
Vou-me embora pra Terra do Sol Nascente, lá sou amigo das gueixas frementes, ver o arrebol da manhã enquanto ainda dorme o Ocidente.
Vou-me embora pra terra de Oz, lá sou amigo do mago dotado de superpoderes (efeitos especiais, dizem os desmancha-prazeres).
Vou-me embora pra Casa da Mãe Joana, zorra total, liberou geral, oba oba, a vida eterno carnaval/bacanal/saturnal... legal!
Vou-me embora mundo afora: Kristinestad, Smyrna, Kadmandu, La Tur du Pint, Malabar, Honolulu (quem sabe ainda vá parar, pleno Pacífico, na ilha de Vaitupu?)
Vou-me embora pro ultramar, pros antípodas, pro fim do mundo, lá onde o Judas perdeu as botas, pra lá de Marrakesh, pra lá de Bagdá.
Vou-me embora pra Amsterdam, passear de barquinho nos canais, fumando haxixe no narguilê — que lá a polícia não vem prender.
3 comentários:
Saudações!
Escrevo isto aqui por não encontrar na página "Livros de Ivo Korytowski" o espaço adequado.
E escrevo para lhe manifestar o meu desgosto.
Sim! Estou triste... tristérrimo, mesmo.
Onde esperava encontrar um resistente, vejo mais um submisso... mais um que corre a adoptar o maldito acordo ortográfico feito por políticos e à margem da ciência.
Filologia, Etimologia... tudo foi posto de lado por políticos que, na pressa de "unificar" a Língua Portuguesa - como se o próprio léxico particular de cada país onde é falada não a diversificasse. E ainda bem que a diversifica: Só a enriquece!
Mas não o entenderam assim os políticos e, como era de esperar, funcionou a razoura de Occam: O imediato, o fácil, o barato resultaram numa obra que assassina a nossa língua.
Sempre é mais fácil, rápido e barato formar analfabrutos que elevar o nível dos que estão mais abaixo!
A título de exemplo, diga-me, por favor, o que irão fazer os "espetadores" num estádio de futebol? Quem irão espetar, os vizinhos de bancada, os jogadores, ou o árbitro? Talvez a bola!
Será caso para chamar a polícia?
Com as bancadas cheias, talvez seja melhor o exército!
Como outros - incluindo professores universitários em Portugal e no Brasil - que escrevem nesta tão linda língua, eu recuso-me a colaborar nessa estupidez contra a qual falei desde que soube em que sentido caminhava e o que a motivava.
Por isso estou triste por si... pela forma como se submete a essa desavergonhada e acientífica obra política.
Esperava melhor de um técnico de linguística!
O Acordo Ortográfico em nada empobrece o idioma português, as palavras e expressões continuam existindo da mesma maneira, nenhum termo foi abolido ou teve sua significação alterada, o acordo tão-somente procura eliminar algumas pequenas diferenças de ortografia entre os países de língua portuguesa, por exemplo, o trema, que era empregado no Brasil mas não era em Portugal, deixa de existir, e falta nenhuma fará, etc. E as vogais mudas (por exemplo, o c em acção e o p em adoptar), não pronunciadas, que existiam em Portugal mas não existiam no Brasil, deixam de existir. Para que alguém necessita de vogal muda, não pronunciada???
Ai, Ivo, Ivo!
Escolheu mal os termos da resposta, ao falar de "vogais mudas"!!!!
E quanto às letras que refere - consoantes - o acordo generaliza demasiado o elas não serem pronunciadas, ou usa como ponto de partida a pronúncias dos calões (=mandriões).
Se em "acção" já desde há muito poucos (os mais velhos que os meus 63 anos) pronunciam aqui em Portugal tal como escrevem, noutros casos ainda é uso por cá a sua pronúncia, e no exemplo que dei, apontando para "espectadores", é um desses casos (indicando que o "e" é uma vogal aberta (tónica) ao contrário de "espetadores").
O caso do "p" é ainda pior, por ser muito mais de uso por cá a sua pronúncia tanto como por ser indicativo da abertura da vogal anterior (além de diminuir problemas com palavras homónimas).
É normal aqui em Portugal pronunciar o "p" em palavras como "adoptar" (o seu exemplo), "excepção" (vocábulo que os autores do acordo, como todos os políticos, só parecem conhecer quando os beneficia), "péptico", "pepsina" (para usar vocábulos científicos como exemplo), "opção" (ou será que aí no Brasil pronunciam "oção"? Talvez escrevam "opeção"!)... não vou alongar-me mais sobre isto, ou teria que copiar boa parte das entradas do dicionário.
Quanto ao trema, a sua exclusão do léxico português teve, para quem escreve num computador com o teclado definido como "PT", um efeito de tornar a escrita mais demorada sempre que tem que escrever nomes estrangeiros (em Alemão, principalmente), obrigando a ir aos "caracteres especiais".
Mas concordo consigo que não faz qualquer falta na escrita actual do Português, embora eu - estudioso de História, e lendo correntemente o Português desde que se começou a formar no S. XIII - tenha algum hábito de o encontrar em muitos dos documentos antigos que me têm passado pelas mãos.
Continuo na minha:
- Não era preciso nenhum acordo ortográfico na CPLP, como Espanha, França e Inglaterra não precisam, mesmo sendo as suas línguas Línguas Oficiais em muitos outros países.
- Mas, tendo sido feito, deveria ter sido segundo princípios científicos, o que não aconteceu.
- E porque não aconteceu, eu vou continuar a escrever em Português e não na língua de trapos que os senhores José Sócrates e Lula da Silva encomendaram.
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