A VERDADE SOBRE STALIN



Os crimes do nacional-socialista Hitler são constantemente lembrados e exorcizados em filmes, museus do holocausto, memoriais, aniversários da libertação de Auschwitz. Mas e os crimes igualmente bárbaros do camarada Stalin?

Não só não são lembrados como em meios esquerdistas (os mesmos meios que demonizam Israel e fazem vista grossa para o festival de crimes no resto do mundo) o "Guia Genial dos Povos" tem seus simpatizantes. Afinal, não foi Stalin quem industrializou a Rússia e fez dela uma "potência"? Os "fins" justificam os "meios", dirão.

Acabo de ler (em inglês, ainda não foi traduzida para o vernáculo) a biografia de Stalin do historiador russo Edvard Radzinsky, que teve acesso aos arquivos “secretos” da finada União Soviética, e fiquei horrorizado, indignado. Assim como supostamente existiria um "Deus" que premia os virtuosos, parece que existe um "diabo" que premia os perversos e faz com que todos seus empreendimentos deem certo.

Stalin é culpado da:

· morte de milhões de camponeses ucranianos na coletivização forçada da agricultura

· morte de milhares e milhares de desafetos — primeiros a oposição menchevique e social-revolucionária, depois os próprios revolucionários bolcheviques, o generalato russo e finalmente qualquer um com quem ele "cismasse" (podia ser eu ou você)

· trabalho escravo nas grandes obras de construção de barragens, hidrelétricas, etc.

· o Gulag, descomunal campo de concentração, imortalizado pela obra de Soljenitzin

· a morte de desafetos no exílio (o assassinato de Trótski no México foi apenas a ponta do iceberg)

· a deportação forçada para regiões remotas de etnias inteiras (e se não fosse a sua morte os judeus seriam os próximos)

· o “abandono” de Varsóvia às tropas alemãs já no finalzinho da guerra, quando o Exército Vermelho poderia ter intervindo e poupado milhares de vidas, só para desmoralizar o governo polonês no exílio e viabilizar o “golpe” comunista no pós-guerra

· uso da população como “bucha de canhão” para “cansar” os invasores nazistas antes de mobilizar as tropas realmente de elite

· pacto com Hitler e invasão de metade da Polônia, dos países bálticos, além da tentativa (malograda) de abocanhar a Finlândia

No prefácio à sua sucinta biografia do ditador russo, escreve o historiador Paul Johnson: “Stalin foi um monstro, um dos maiores monstros que a civilização já produziu.”

Sou do bem. Não gosto de black block, nem de racismo, nem de antissemitismo, nem de homofobia, nem de quem abate elefantes para vender o marfim, menos ainda do fanatismo islamista. E odeio Hitler, Mao e Stalin.