Havia
sido aprovado no concurso do Conservatório Nacional de Música.
Sonhara muito tempo com isso. Desejara começar a exercer a carreira
de violinista na Alemanha, onde certamente desenvolveria seus
pendores musicais com o instrumento que mais apreciava, melhor
dizendo amava. Era um país perfeito. Culto, de grandes artistas.
Dera ao mundo homens como Bach, Mozart, Beethoven, Haendel, Goethe,
Hesse, Thomas Mann, Rilke, Kant, Hegel.
Quando o avião
aterrissou em solo alemão, sentiu pulsações boas no coração
sonhador com o bem, crente na perfeição da vida quando o assunto
era música. No entanto, sensações expectantes de que iria aprender
muito com o mundo civilizado da Alemanha tiveram a primeira cena
decepcionante quando viu no jardim a tabuleta avisando que ali
estavam proibidas de brincar crianças não arianas. No aeroporto viu
o aviso na parede proibindo que judeus saíssem da Alemanha.
No dia seguinte viu
na rua um judeu de rosto apatetado, desfilando com o cartaz de
papelão pendurado no pescoço. O cartaz dizia: SOU UM RATO SUJO.
Jamais ia imaginar que encontraria cenas piores do que aquela contra
o povo judeu. Naqueles idos de 1938, a Alemanha nazista agia como um
povo selvagem, que vomitava ódio contra os judeus. Havia uma vontade
inconcebível para espancar, humilhar, usurpar os bens conquistados
por um povo que se manifestava na vida com inteligência e trabalho.
Encontrou um grupo
de jovens soldados nazistas querendo estuprar uma moça judia
brasileira em plena luz do dia. Empurravam, davam tapas no seu rosto
enquanto soltavam gargalhadas histéricas e tentavam espremê-la
contra a parede. Interferiu. Falou alto: “Parem com isso! Não
admito tamanha covardia! Vou denunciar o caso ao Consulado do
Brasil!” O grupo largou a moça contrariado, revoltado com aquele
brasileiro inconveniente, um intruso na defesa de uma judia, uma
criatura inferior na escala biológica das raças.
Getúlio Vargas era
o presidente do Brasil no Estado Novo. O ditador brasileiro namorava
com as ideias nazistas de Hitler. Determinou que os diplomatas
brasileiros não se metessem com os problemas internos da Alemanha.
Não queria complicações. Reduzira o visto em passaportes de judeus
que queriam sair da Alemanha e vir para o Brasil.
O mal prenunciava
que o mundo estava prestes a ser abalado com a Segunda Guerra
Mundial. Hitler estava mandando judeus de volta para a Polônia. Sua
raiva cresceu, alardeava que os judeus estavam roubando a Alemanha,
eram os donos do comércio, das fábricas e estaleiros. Seu império
com bases na inutilidade do sentimento do amor estava prestes a ser
instalado, a fera ressurgia da caverna para banir a pomba na légua,
destruir a relva, só queria a selva.
Ficou sem querer
acreditar quando ocorreu a Noite do Cristal, lojas de judeus foram
quebradas, os donos espancados, numa fúria do horror sem precedente.
Sinagogas queimadas, a ordem era reduzir a cinzas os estabelecimentos
comerciais, tudo o que fosse encontrado pela frente e que havia sido
adquirido pelos judeus com esforço nos dias.
Não era justo o que
vinha assistindo, a selvageria descontrolada assassinar a razão. Não
se conformava com o que os olhos viam a todo momento quando saía na
rua. Homens separados das mulheres, pais dos filhos, irmão do irmão.
Eram levados para os campos de concentração como uma carga
imprestável. Sujos, vestidos numa roupa fina para enfrentar o forte
frio. Tossiam, o rosto ossudo, a pele amarelada. As marcas do
desprezo e abandono nos olhos tristes, apagados de qualquer vestígio
de luz. Entravam nos caminhões empurrados pelo cano do fuzil, os
olhos já não tinham a lágrima, a inocência não tinha qualquer
possibilidade para contradizer uma condenação sem sentido.
As noites mal
dormidas, o pesadelo tomara conta dos sonhos alimentados no Brasil
sob a expectativa de viver em paz com um mundo justo e civilizado.
Até quando iria suportar conviver com uma raça que se dizia
superiora, sustentada em seu mito ariano com as botas de ferro de
soldados impassíveis?
Depois que teve
navios bombardeados na costa por submarinos alemães, o Brasil
rompera as relações com a Alemanha nazista. Passou para o lado dos
aliados, que tinham declarado guerra ao ditador de bigodinho nervoso,
o que comandava passadas de ódio na matança de milhões indefesos
por manadas desenfreadas.
No retorno, assim
que desembarcou do avião, ao deixar a escada, a primeira coisa que
fez foi se abaixar e dar um beijo no solo da pátria querida e
saudosa.
O vídeo mostra o texto original espanhol. For an English translation, see below. ESTE JUDEUS!
Vocês já pensaram nisso? O que você faria neste mundo sem os judeus? O que se sente ao fracassar nesta luta contra
os judeus? Por que não usar a energia em algo mais produtivo em vez de odiar sem fundamento os judeus? Os judeus sobreviveram aos egípcios, babilônios, persas,
gregos, romanos, otomanos, alemães, soviéticos e o restante do mundo... Por que aqueles que fazem protestos diante da embaixada de Israel acreditam que
em algum dia eles vencerão a disputa contra os judeus? Após 65 anos do
Holocausto, o povo judeu tem uma nação próspera e moderna no mesmo lugar onde seus
vizinhos não conseguiram mais que miséria e deserto com muita areia.
Além disso,
todos os anos um judeu ganha um prêmio Nobel, 25% dos prêmios Nobel da
história, ou seja, 170, são judeus. Todos esses que fazem manifestações diante da embaixada de Israel e odeiam os judeus odeiam a metade inteligente da
humanidade. Deixemos bem claro: não sou judeu, mas católico, mas
não sou estúpido. Jesus era judeu e nunca renunciou ao seu judaísmo. São Paulo
de Tarso era judeu, a Virgem Maria era judia, os doze apóstolos e os primeiros
papas da Igreja foram judeus.
Claro, meus amigos socialistas, inimigos dos judeus, lhes
digo que Karl Marx era judeu, mas também o foram os criadores filosóficos do
capitalismo, Samuelson, Milton Friedman etc. Se jogamos na Bolsa, se usam as teorias de Markowitz,
que era judeu. Nenhum dos que se manifestam contra Israel pode ir ao psicólogo
(Sigmund Freud era judeu), não deve tomar aspirina (Spiro era judeu), não pode
ser diabético porque você me dirá... o criador da forma de aplicar insulina,
Karl Landsteiner, era judeu. Tampouco pode ser vacinado contra a poliomielite,
contra a cólera, nem contra a tuberculose, seus inventores ou
descobridores foram famosos judeus.
Nenhum manifestante contra Israel pode ir
vestido já que Isaac Singer, o da máquina de costurar, era judeu... Evidente,
nem pode usar jeans, porque Levi Strauss era mais um judeu. Calvin Klein, Ralph
Lauren ou Donna Karan, famosos designers de roupas, são judeus.
Ah! o microfone que usam para lançar ataques violentos contra os judeus foi invento de um judeu chamado Emil Berliner. E um tal Philip
Reiss, também judeu, trabalhou nos aparelhos de audição que serviram de base para o
telefone... A primeira máquina calculadora foi ideia de um judeu, Abraão
Stern. Os palitos de fósforo são invenção de um judeu, Sansão Valobra. Claro
que nestas manifestações não se deve usar nenhuma das ideias filosóficas de
Durkheim, Spinoza ou Strauss embora sejam fundamentais para a nossa sociedade... Kafka era judeu, Albert Einstein era judeu, Ana Frank foi
judia.
Nada de usar o Google já que os seus criadores, Larry Page e
Sergey Brin são judeus. Adeus Batman e Homem-Aranha, porque Max Fleischer, o
criador da Marvel Comics, é judeu.
Todos os que se manifestam contra Israel devem usar apenas
brinquedos de corda porque as pilhas Energizer são coisa de Joshua Lionel. Sim, senhoras e cavalheiros, ele era judeu.
Uma empresa de Israel foi a primeira a desenvolver e
instalar uma fábrica que funciona só com energia solar para produção de
eletricidade em grandes quantidades no deserto de Mojave na Califórnia. Também
as memórias USB foram inventos de judeus! Todos os jovens "descolados" devem abandonar seus
videogames Sega, já que são coisa do judeu David Rosen. Também devem esquecer os sorvete Haagen-Daaz ou os Donuts.
As lindas mulheres que vão protestar contra os judeus terão
que deixar de maquiar-se já que Esthee Lauder é judia tal como Helena
Rubinstein, e – claro – nada de brincar com bonecas
Barbies.
E quanto aos grandes diretores de orquestra? Como Leonard Bernstein ou Daniel Baremboim? Nenhum dos manifestantes deve assistir a filmes
da MGM ou da Warner Bros, nem o canal Fox ou o Universal Studios ou a Columbia
Pictures. Não poderão assistir a Spielberg, Harrison Ford, Paul Newman, Kirk
Douglas, Jessica Parker, Dustin Hoffman ou Barbara Streisand entre centenas de
outros.
Progressistas do mundo, parem de sujar suas mãos com
produtos de judeus, meio mundo devemos a eles.
Falemos a verdade: qual é o único Estado realmente
democrático, moderno, ocidental, limpo, laico em todo o Oriente
Próximo, Médio e Extremo? Qual é o único país do mundo em que há hoje mais
árvores que havia há cem anos? Qual país tem a maior média de universitários
por habitantes no mundo? Qual país produz mais documentos científicos por
habitantes que qualquer outro país? Qual foi a primeira nação do mundo a adotar
o processo Kimberly, que é um padrão internacional que certifica os diamantes
como "livres de conflito"? Qual país desenvolveu a primeira câmera de vídeo ingerível,
tão pequena que cabe no interior de um comprimido e é usada para observar o
intestino delgado por dentro, e ajuda no diagnóstico de câncer e outros distúrbios digestivos? Em que país foi desenvolvida a tecnologia de irrigação por gotejamento? E onde foi que Albert Einstein fundou uma universidade? Qual é o 2° país em leitura de livros por habitante?
Qual é o país que fornece ajuda humanitária em todo o mundo, o tempo todo? Que país enviou ao Haiti uma equipe de resgate com 200 pessoas logo após o terremoto? Que país montou uma clínica de resgate após o terremoto devastador no Japão? Que país fez gratuitamente cirurgias de coração para salvar a vida de mais de 2.300 crianças, incluindo palestinas?
Acertaste... I S R A E L !!!
MINHA OPINIÃO PESSOAL SOBRE ESTE TEXTO: Perante "Deus" somos todos iguais, mas existem povos que, por vicissitudes históricas, se destacam em determinadas áreas em certos períodos. Por exemplo, a Filosofia, base da ciência moderna, teve origem na Antiguidade em um só povo, o grego. Não quer dizer que os gregos sejam uma "raça superior". Os maiores gênios da literatura, música clássica, escultura e pintura (Shakespeare, Beethoven, Leonardo da Vinci) durante séculos foram europeus. Não quer dizer idem... Grande parte das invenções tecnológicas que afetam nossas vidas diárias – geladeira, telefone, gramofone, lâmpada elétrica, para-raios, computador pessoal, linha de montagem etc. – devemos aos norte-americanos. E os judeus, por serem sistematicamente perseguidos (acusados da culpa coletiva pela morte de Cristo), expulsos de vários países e impedidos de desempenhar diversas atividades, não só passaram por uma espécie de "seleção natural", como tiveram que desenvolver habilidades extras para conseguirem sobreviver. Além disso, todo judeu aos treze anos, no barmitzva, lê perante a comunidade um trecho da Torá e dos profetas, daí não haver judeus analfabetos. Minha opinião pessoal, podem discordar deixando seus comentários.PARA MAIS ARTIGOS SOBRE ESTE TEMA, CLIQUE NO LABEL "Israel e antissemitismo" abaixo.
ENGLISH TRANSLATION
THESE JEWS!
Have you ever thought about it? What would you do in this world without the Jews? How does it feel to fail in this fight against the Jews? Why not spend energy on something more productive than baseless hate against the Jews? Jews have survived Egyptians, Babylonians, Persians, Greeks, Romans, Ottomans, Germans, Soviets and the rest of the world...
Why do those who demonstrate in front of the embassy of Israel think that one day they will win the game against the Jews? Sixty-five years after the Holocaust, the Jewish people have a thriving and modern nation in the same place where his neighbours got only misery and desert with a lot of sand.
Also every year a Jew wins a Nobel Prize; 25% of the Nobel Prize winners in history, namely 170, are Jewish. All those who demonstrate in front of the Israeli embassy and hate Jews do hate the smart half of humanity... Let's be clear: I'm not a Jew, but a catholic, but I'm not stupid.
Jesus was a Jew, and never renounced his Judaism. St. Paul of Tarsus was a Jew, Mary was Jewish, the Twelve Apostles or the early Popes of the Church were Jewish.
By the way, my socialist friends, enemies of the Jews, I tell you that Karl Marx was a Jew, but so were the philosophical creators of capitalism, Samuelson, Milton Friedman, and so on.
If we bet in the Stock Exchange, theories of Markowitz, who was Jewish, are used.
Anyone who speaks out against Israel should not go to a psychologist (Freud was Jewish), neither take aspirin (Spiro was Jewish), nor be diabetic because, yes... the creator of how to administer insulin, Karl Landsteiner, was Jewish . Nor can he be vaccinated against polio, cholera, and tuberculosis, because their inventors or discoverers were famous Jews.
No protester against Israel can go dressed, as Isaac Singer, from the sewing machine, was Jewish... By the way, he can't even dress jeans because Levi Strauss was another Jew. Calvin Klein, Ralph Lauren or Donna Karan, famous clothing designers, are Jewish.
Oh! the microphone used for violent outbursts against Jews was invented by a Jew named Emil Berliner. And one Philip Reiss, also Jewish, worked in the hearing aids that were the basis for the telephone... The first calculating machine was the brainchild of a Jew, Abraham Stern.
Phosphorus matches are also a Jewish invention, by Samson Valobra. By the way, in these demonstrations nothing related to the philosophical theories of Durkheim, Spinoza or Strauss should be mentioned, although fundamental to our society... Kafka was a Jew, Albert Einstein was a Jew, Anne Frank was a Jew...
Don't use Google as it's creators, Larry Page and Sergey Brin, are Jewish... Goodbye Batman and Spiderman, as Max Fleischer, the creator of Marvel Comics, is Jewish.
All demonstrators against Israel should play only with rope toys because Energizer batteries are a creation of Joshua Lionel.... yes, ladies and gentlemen, he was Jewish...
An Israeli company was the first to develop and install a plant that runs on solar energy to produce electricity in large quantities in the Mojave Desert in California. Also USB memories were invented by Jews! All the "cool" boys should abandon their SEGA video games because they were invented by the Jewish David Rosen. They should also forget the Haagen-Daaz ice cream or the Donuts.
The beautiful women who demonstrate against the Jews should stop to wear makeup, as Esthee Lauder is Jewish, as well as Helena Rubinstein and, of course, no Barbie dolls.
And what about the great orchestra conductors? Like Leonard Berstein or Daniel Barenboim?
No protester against the Jews should watch any film by Metro Goldwin Mayer or Warner Bros, nor Fox Channel, Universal Studios or Columbia Pictures. They should not watch Spielberg, Harrison Ford, Paul Newman, Kirk Douglas or Barbara Streisand, among hundreds of others ...
Progressives of the world, stop getting your hands dirty with Jewish products, half the world we owe them.
Let's tell the truth: What is the only truly democratic, modern, Western, clean, secular state in all the Near East, Middle East and Far East? Which is the only country in the world where there are more trees today than a hundred years ago? Which country has the highest average of College students in the world? Which country produces more scientific papers per capita than any other nation? What was the first country in the world to adopt the Kimberly process, which is an international standard that certifies diamonds as "conflict-free"? Which country developed the first ingestible video camera, so small it fits inside a pill, used to observe the small intestine from the inside, aiding in the diagnosis of cancer and other digestive disorders? What country developed the drip irrigation technology? Where Albert Einstein founded a university? What is the 2nd country in book reading per inhabitants? What is the country that provides humanitarian aid around the world, all the time? What country sent a team to Haiti to rescue 200 people after the earthquake? What country mounted a rescue clinic after the devastating earthquake in Japan? What country has made free heart surgery to save the lives of more than 2,300 children, including Palestinians? You guessed... I S R A E L!
Um crime contra a humanidade, o sequestro de centenas de moças inocentes para serem estupradas ou vendidas como escravas, ocorreu na Nigéria. Se fosse um comando de israelenses que tivesse raptado moças palestinas a grita, os protestos seriam generalizados, ensurdecedores, retumbantes, avassaladores. A intelectualidade em peso - o Chico, o Frei - se manifestaria. Por que não se manifesta a favor das meninas nigerianas? Porque é antissemita? E quem oferece ajuda ao governo nigeriano para resgatar as pobres moças? Os chineses ou russos ou cubanos ou venezuelanos ou brasileiros? Não, são os velhos "imperialistas" britânicos e americanos. Moral da história? Nem sei. Você sabe?
"O mundo árabe perdeu centenas de bilhões de dólares e dezenas de milhares de vidas inocentes lutando contra Israel, que eles consideravam ser o seu inimigo declarado, um inimigo cuja existência eles nunca reconheceram. O mundo árabe tem muitos inimigos e Israel deveria estar no último lugar da lista. Os verdadeiros inimigos do mundo árabe são a corrupção, a falta de uma boa educação, a falta de uma boa assistência médica, falta de liberdade, falta de respeito pela vida humana e, finalmente, o mundo árabe teve muitos ditadores que usaram o conflito árabe-israelense para reprimir o seu próprio povo.
As atrocidades cometidas por estes ditadores contra o seu próprio povo são de longe piores do que as guerras generalizadas entre árabes e israelenses."
Abdulateef Al-Mulhim, tradução de Ivan Kelner.
Leia o artigo completo no Pletzou o original inglês no LiveLeak.
Between 1948 and 1951, as a result of the War of Independence, about 400,000 Jewish refugees were absorbed by Israel after being driven from their homes from Arab lands. In total, well over 800,000 Jews indigenous to Arab and Muslim countries lost their homes and property following Israel's independence, roughly 600,000 of whom found refuge in Israel. Although the number of Jewish refugees and the total area of their lost land exceeded that of their Arab counterparts, the vaguely similar number of Jewish and Arab refugees has led some to describe the exodus of the two groups as a de facto population transfer.
With the UN's 1947 decision to partition Palestine, the Jewish community in Iraq, which only a few years earlier had suffered a devastating pogrom, faced a new wave of harsh persecution.
Sources:
The Edge of the Sword: Israel's War of Independence, 1947-1949, Natanel Lorch
Atlas of the Arab-Israeli Conflict, Martin Gilbert
Encyclopedia Judaica
"1948, Israel, and the Palestinians — The True Story," Ephraim Karsh, Commentary, May 2008
"The evacuation of the noncombatant population in the 1948 war: three kibbutzim as a case study," Nurit Cohen Levinovsky, Journal of Israeli History,March 2007.
Jerusalem in the Twentieth Century, Martin Gilbert
The Case of the Jews from Arab Countries: A Neglected Issue, Maurice Roumani
The Iraqi government adopted what author and journalist Edwin Black described as "Nazi confiscatory techniques," levying "exorbitant fines as punishment for trumped-up offenses." Zionism was made a criminal offense. As Arab countries invaded the newly declared Jewish state, the Iraqi police ransacked Jewish homes and arrested hundreds of Jewish citizens. Hundreds more were dismissed from their public jobs. Crippling restrictions targeted Jewish commerce and travel. The government seized Jewish property, cut off municipal services to Jewish neighborhoods, and shut down Jewish newspapers
Researcher Esther Meir-Glitzenstein explained that "what had begun as voluntary emigration turned into an expulsion." Eventually, about 120,000 people — almost the entire Jewish community — would escape the oppression, with little more than the clothes on their backs.
A similar scenario played out in Egypt. The events of 1948 brought a revival of anti-Jewish sentiment, complete with anti-Jewish riots and murders, the confiscation of Jewish property, legal restrictions affecting the employment of Jews and mass arrests. This prompted a wave of Jewish flight from the country, a trend that only increased in the decade that followed.
Violent anti-Jewish rioting in Yemen in the wake of the UN partition plan help spur tens of thousands of Yeminite Jews to leave their homes and migrate to Israel as part of Operation Magic Carpet. Murderous pogroms in Morocco in 1948 and 1953, and in Libya in 1945 and 1948, yielded similar results. (Extraído do site Committee for Accuracy in Middle East Reporting in America.)
Aos amigos judeus ou não recomendo que assistam ao vídeo Only Israel no YouTube. Vale pela bela música e pela denúncia do antissemitismo travestido de antissionismo ("o mundo não está nem aí para o sangue judeu").
TRECHO DE RECENTE DISCURSO DO EMBAIXADOR DE ISRAEL NOS EUA SOBRE A DEMOCRACIA ISRAELENSE (traduzido por mim):
Aos 62 nos, a democracia de Israel é mais antiga do que mais de metade dos governos democráticos do mundo, os quais, por sua vez, representam menos de metade das nações existentes no planeta. Israel é uma das poucas democracias que nunca sucumbiram a períodos de governo antidemocrático. E Israel logrou este feito extraordinário apesar do fato de ser a única democracia que nunca conheceu um nanossegundo sequer de paz, tendo suportado pressões que há muito teriam esmagado a maioria das outras democracias. Numa região tão hostil — até fatal — ao governo do povo e pelo povo, a democracia de Israel prospera.
Quem ainda duvida de que sob a fachada do antissionismo (uma posição política defensável) se abriga muitas vezes o antissemitismo (uma forma execrável de racismo) deveria visitar o HoloCartoons "dedicado a todos que foram mortos sob o pretexto do Holocausto".
Estava começando a reler o discurso com que Sócrates se defendeu, em vão, no tribunal que já o condenara à morte antes mesmo de ouvi-lo, quando me chegou o noticiário sobre o incidente protagonizado por soldados do Exército israelense e militantes pró-islâmicos no navio turco “Mavi Marmara”. Fui logo para Internet, tentado saber o que acontecera de fato.
Ressalvadas algumas vozes comedidas, chocadas com a tragédia, porém advertindo da necessidade de informações completas para a emissão de juízo, logo explodiu a histeria de sempre quando se trata de Oriente Médio.
Não vou enumerar os massacres com dezenas e até centenas de milhares de vítimas em eventos na Nigéria, Somália, Sudão, Saara Ocidental, Tibet, Etiópia e em outros cenários de uma extensa lista porque boa parte dos leitores sequer terá prestado maior atenção no noticiário que enumerou as mortes como se fora em um balanço contábil.
Chamou-me a atenção, todavia, entre as sentenças dos “tribunais populares” que logo congestionaram determinados sites, a observação de um “juiz” sobre “qual desfaçatez Israel vai arranjar agora para negar sua culpa”. Daí, pincei alguns parágrafos do discurso de Socrates, que me parecem muito atuais, mesmo tendo sido pronunciados há 2.400 anos:
“Qual a impressão que, cidadãos de Atenas, os meus acusadores vos causaram não sei, mas, quanto a mim, quase cheguei a me esquecer de mim mesmo, tão persuasivos foram os seus argumentos. E, não obstante, é difícil achar no que disseram uma palavra verdadeira. Entre as muitas falsidades que proferiram, uma houve que me deixou perplexo - foi quando afirmaram que devíeis estar de sobreaviso, para não vos deixardes iludir por mim, dado eu ser um formidável orador. Por isso pensei que a maior desfaçatez do seu procedimento foi a falta de pudor de se verem desmentidos pelos fatos, quando eu aparecesse perante vós tal como sou, jamais como hábil orador; salvo se eles chamam hábil orador àquele que é verdadeiro. (...) que a vossa atenção não se prenda à forma do meu discurso, pois talvez seja pior, ou talvez seja melhor - e considereis de preferência e atentamente apenas isto: se o que digo é justo ou não, pois nisso consiste a virtude de juiz, enquanto a virtude do orador consiste em falar a verdade”.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o uso da força que resultou na tragédia, mas acrescentou a necessidade de uma investigação “imediata, imparcial e transparente”.
A investigação do Conselho de Segurança da ONU é por demais necessária. Com toda a certeza, vai começar por um vídeo do governo israelense, mostrando soldados, antes de reagir, sendo agredidos pelos manifestantes pró-islâmicos com barras de ferro e machadinhas, quando o helicóptero os desceu no navio turco. O vídeo pode ser visto aqui.
O próprio Governo israelense reconheceu que houve erro tático e deve punir a incompetência de quem comandou a abordagem do Mavi Marmara com poucos soldados, insuficientes para conter os alegados 600 manifestantes que o navio transportava. No meio de pacifistas sinceros, com toda a certeza havia militantes treinados para entornar o caldo, como é comum em qualquer movimento de massas.
Massas judaicas, aproxima-se a hora. Deveis estar preparados para resistir. Nem um só judeu deve ir aos vagões. Os incapazes de oferecer resistência ativa, devem resistir passivamente, devem se esconder. Nosso lema deve ser: Todos prontos para morrer como seres humanos.
(Manifesto público da ZOB, a Organização Combatente Judaica do gueto de Varsóvia)
Todos os anos fazemos questão de lembrar o levante do gueto de Varsóvia, iniciado em 19 de abril de 1943, a primeira noite de Pessach daquele ano. Por quê ? Em que esta revolta se diferencia das demais ? Ritualizar a memória não empobrece seu conteúdo ?
Há muitas respostas. Embora várias rebeliões contra os nazistas tenham acontecido em campos de concentração na Europa, a do gueto de Varsóvia foi a que teve melhor nível de organização e, em consequência, a que maior resistência opôs à máquina de guerra hitlerista. A Organização Combatente Judaica foi exemplar na costura da unidade dos vários grupos políticos que conviviam na área do gueto. Seu comando, encabeçado por Mordechai Anilevitch, um jovem de 23 anos que havia escapado do gueto, mas voltara para comandar a resistência armada, sintetizava a pluralidade comunitária dos judeus poloneses. A liderança contava com representantes dos comunistas, socialistas e sionistas de várias tendências. Betar e o grupo ligado a Zeev Jabotinsky preferiram não aderir à revolta.
Não é irrelevante lembrar que as primeiras ações da ZOB foram contra a chamada polícia judaica. De acordo com o historiador Israel Gutman, sobrevivente do levante, "a ZOB estava convencida de que não se podia transformar o gueto numa força combatente se não fossem eliminados elementos da quinta coluna".
Foi uma luta desigual, encarniçada, de final previsível. Apesar de inúmeros atos heróicos, os revoltosos terminaram dizimados pelos nazistas, que tinham enorme vantagem em homens e armas. O gueto acabou transformado numa pilha de escombros, mas a vontade dos insurgentes, "de morrer como seres humanos", sobrevive como lição eterna. Oprimidos, humilhados e ofendidos têm o legítimo direito de resistir, com os meios que julgarem mais adequados, à violência que sofrem. Em abril de 1943, a luta armada foi não apenas um gesto de coragem, mas uma resposta, um grito, para a História.
Os povos criam, a cada momento, instrumentos variados de resistência. Não foi diferente em Varsóvia. Em outubro de 1941, o professor e intelectual de esquerda Emanuel Ringelblum foi para o gueto. Lá, formou a Oyneg Shabes, organização clandestina que teve entre 50 e 60 militantes, com um único objetivo: preservar a memória do que acontecia no gueto. Durante dois anos, esses guerrilheiros da História fizeram centenas de entrevistas, acumularam manuscritos e pesquisaram metodicamente o cotidiano do gueto. Ao perceberem o início das deportações, colocaram todo esse material em latões e os enterraram. Parte do material foi recuperada depois da guerra.
O que leva um homem, que tem a consciência de que dificilmente sobreviverá por muito tempo, a pensar no futuro ? Talvez se possa responder lembrando que, segundo uma longa e sofrida tradição judaica, o último ato de resistência consiste em dar testemunho, sobretudo para transmiti-lo às futuras gerações. Em certo sentido, a palavra demonstrou ser uma arma muito mais eficiente dos que os métodos de extermínio postos em prática pelos nazistas. Ao lado das armas, a palavra confinada em toscos latões ajudou a contar o que aconteceu no gueto de Varsóvia.
ZOB e Oyneg Shabes. Duas vertentes, um objetivo: reafirmar a esperança de que a barbárie não vencerá. Que o homem poderá viver sem ser humilhado ou explorado por seu semelhante.
ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação (Rio de Janeiro)
CCMA – Centro Cultural Mordechai Anilevitch (Rio de Janeiro)
ADAF – Associação David Frischman (Niterói)
ICIB – Instituto Cultural Israelita Brasileiro (São Paulo)
Movimento Juvenil Hashomer Hatzair (São Paulo)
Meretz Brasil
ICUF – Federación de Entidades Culturales Judias (Argentina)
ACIZ – Asociación Cultural Israelita dr. Jaime Zhitlovsky (Uruguai)
Assim como na década de 1920 a direita alemã utilizou o antissemitismo para recuperar-se da derrota na Primeira Guerra Mundial, atribuindo aos judeus a culpa pelo fracasso militar, certa esquerda se vale do antissionismo para maquiar a sua imagem, gravemente afetada pelas consequências da débâcle soviética na Guerra Fria, em cuja esteira têm surgido revelações estarrecedoras acerca dos crimes cometidos nos porões das ditaduras do proletariado. É difícil acreditar nos protestos humanistas dessa esquerda em relação a Gaza, diante do seu ensurdecedor silêncio perante o genocídio de Darfur, praticado por um regime islâmico, bem como seu respaldo tanto à tirania dinástica norte-coreana como à ditadura iraniana, e ainda sua omissão em face das violações contumazes dos direitos humanos por parte dos regimes do Oriente Médio, para citar apenas alguns exemplos.
(Trecho do artigo "O conflito do Oriente Médio não cabe na camisa de força ideológica", do professor Franklin Goldgrub da PUC-SP. Para ler o artigo completo clique aqui.)
Os países da Europa Ocidental passaram 800 anos em lutas cruentas antes de chegar à realidade do mercado comum e das fronteiras abertas. Pode demorar 800 anos, mas, a exemplo do que ocorreu na Europa, o que hoje parece impensável vai acabar acontecendo: algum dia, os povos do Oriente Médio vão viver como uma família.
(Amós Oz, escritor israelense)
O atual Israel criado em 1948 é um país democrático, desenvolvido. O Estado Palestino, em 1948, foi recusado pelo mundo árabe que nada fez, nem faz pelos irmãos árabes-palestinos, desde que trabalhavam como felahs, pobres camponeses, para os donos de terra do Império Turco-Otomano. Os muçulmanos moderados temem a influência do terrorismo, do Hamas, inlusive o Egito que não lhes abre a fronteira. Os que preferem conviver com Israel são acusados de traição e assassinados. Por que o Líbano e a Jordânia não oferecem cidadania para os refugiados palestinos que vivem confinados? A desproporção do conflito existe no tamanho e na população do mundo muçulmano. Israel em superfície e população é rigorosamente insignificante. É só olhar um mapa. Leiam a carta do escritor premiado, o pacifista Amós Oz: que deixem os judeus em paz e todos viverão em paz. Guerras são desumanas, conquanto forjadas pelo homem. Enquanto proclamam que Israel não deve existir, discurso medieval, estarão colocando o povo palestino à mercê do que plantam, o ódio. E sofrerão as consequências pelo desrespeito ao outro ser humano e ao desprezo pelas vidas que imolam como fósforos. Tal como o Hiszbollah, o Hamas expõe, de forma repugnante, a população civil, ante depósitos de armas, em escolas, hospitais. As distorções históricas, mentiras e calúnias não ajudam a paz, são apenas retóricas dos que não lembram dos trezentos mil de Darfur, dos milhares vitimados em combustão, xiitas versus sunitas no Iraque. O que se produz em tempos de paz — e Israel é campeão na área de ciência e tecnologia — é lamentavelmente estagnado pelo permanente perigo imposto ao minúsculo país.
(Esther R. Largman, historiadora e escritora, autora de sucessos como Jovens polacas)
É dever de todo governo defender o seu território e a sua gente. Mas, curiosamente (ou nem tanto), pretende-se cassar de Israel o direito à reação. Por quê?
(Reinaldo Azevedo)
O contexto histórico do conflito de Gaza, de dois povos lutando por um mesmo território, é um drama humano que não pode ser explicado nem resolvido usando esquemas ideológicos. Somente o diálogo e a negociação poderão encontrar uma solução política que dê ponto final aos erros acumulados pelos líderes de ambas as partes, e que terminam resultando em guerras periódicas. Entendo a simpatia de alguns com os palestinos e a preocupação de outros com a segurança de Israel. Mas em nenhum dos dois casos é aceitável o apoio acrítico a líderes radicais, sejam israelenses que não se dispõem a devolver os territórios conquistados, sejam palestinos que sustentam um programa político que propõe a destruição do Estado de Israel.
(Bernardo Sorj)
Israel desencadeou a ofensiva para defender a integridade de seus habitantes, ameaçados constantemente pelo movimento fundamentalista militarmente organizado que controla toda a Faixa de Gaza desde junho de 2007. Mais ainda, o Hamas e seus associados menores, como a Jihad Islâmica e outros grupelhos, não representam a Autoridade Nacional Palestina (AP). Eles são terroristas, não aceitam a existência do Estado de Israel e estão comprometidos explicitamente com a sua extinção total.
(Luis Milman, jornalista e doutor em filosofia)
Não há, no presente, guerra contra o povo palestino nem em relação aos demais países árabes, mas reação contra o Hamas que tem o objetivo declarado e irrevogável de “varrer Israel do mapa”. O reconhecimento ao direito de existência do Estado Palestino – jamais negado pelo Estado de Israel – foi ratificado mais uma vez em 2005, quando Ariel Sharon, ao comunicar na ONU a retirada unilateral de Gaza e Cisjordânia, apelou à comunidade internacional por ajuda aos palestinos para que pudessem erigi-lo. Sobre o propósito do Hamas de varrer Israel do mapa, seu líder Fathi Hammad, em declaração transmitida pela TV Al-Aqsa e que pode ser assistida no YouTube reconhece que a organização, para se defender, construiu um “escudo humano de mulheres e crianças”.
(Jayme Copstein, jornalista gaúcho)
O problema é que cada lado costuma culpar o outro pelo fracasso. Os palestinos queixam-se da visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo, em Jerusalém, dos assentamentos dos colonos judeus na Cisjordânia e Gaza, dos bloqueios e das punições coletivas. Os israelenses contrapõem com a recusa de Arafat às propostas de Barak em Campo David, atentados terroristas e incitamento de crianças palestinas à violência e ao ódio através da educação. Cada lado faz contagem diferente do sangue e das culpas. Cada lado escolhe fatos diferentes para divulgar ou omitir. É importante ter em conta que boa parte dos protagonistas perdeu a confiança no comprometimento do outro com a solução de dois estados, frustrando-se assim o processo de Oslo. O que é necessário agora? Primeiro: combater a intolerância. Existe gente nos dois lados que se recusa a aceitar os direitos de sobrevivência do outro. Precisam ser contestados “de dentro”. Palestinos e israelenses devem dizer NÃO aos seus próprios intolerantes e às suas formas violentas de manter o conflito aceso.
(autor anônimo)
Não podemos deixar de lembrar todos os muçulmanos de que, quando os judeus conquistaram a Cidade Santa, em 1967, postaram-se na entrada da Mesquita de Aqsa e proclamaram que “Maomé está morto, e seus descendentes são todas mulheres”. Israel, o judaísmo e os judeus desafiam o Islã e o povo muçulmano. “Que os covardes jamais consigam dormir.”
(Trecho do Estatuto antissemita do Hamas)
A pobreza, a morte e o desespero entre os palestinos na faixa de Gaza me leva às lágrimas. Como poderia deixar de fazê-lo? Quem é capaz de ver imagens de crianças numa zona de guerra ou numa rua de favela e não se sentir revoltado, perplexo e impelido a protestar? E o que é tão chocante é que isso é tão desnecessário. Pois pode haver paz e prosperidade em troca do menor dos preços. Basta os palestinos dizerem que vão deixar Israel existir em paz. Eles só precisam dizer essa coisa minúscula, e dizê-la com sinceridade, para que praticamente não exista nada que eles não possam ter.
(Daniel Finkelstein, articulista inglês)
A atual situação, não tem nada a ver com as relações internacionais, o equilíbrio de forças na região, etc, etc. Trata-se de uma mera questão local e policialesca, a autoridade palestina, tem por obrigação e por força de acordo firmados, de manter a ordem interna da Faixa de Gaza, bem como de policiar e coibir abusos e extremos, o que ela na prática não fez, seja por omissão ou incompetência, portanto, para 300 foguetes lançados aleatoriamente contra civís israelenses, 300 bombas, serão ou foram lançadas aleatoriamente, contra a Faixa de Gaza. Essa é a situação, essa é a lógica que vejo. Em alguns sentidos é similar aos morros cariocas dominados pelo tráfico, um punhado de traficantes fortemente armados, dominam pelo terror e desafiam as autoridades.
(Daniel Haziot, em e-mail enviado para mim)
Nada - NADA - justifica tantas crianças envoltas em mortalhas, muito menos a proximidade das eleições israelenses. Vivi um ano na Faixa de Gaza e vi o que é ser um povo preso, sem saída, sem nada. Não há se ser meia dúzia de foguetes caramuru que mataram menos de dez israelenses, que justificarão essa mortandade.
(Haroldo Netto, em e-mail enviado para mim)
O fulcro do problema é que dois direitos à existência nacional se sobrepõem, criando uma situação em que os dois lados estão certos quando lutam pela própria sobrevivência e erram quando vão a limites extremos para defendê-la. As razões de cada um são conhecidas. A criação de Israel decorreu da perseguição aos judeus na Europa e foi legitimada pelo mais hediondo dos crimes, o genocídio cometido pela Alemanha nazista. Quem pode negar aos judeus o direito de ter um país forte e protegido, e, numa espécie de justiça histórica, no mesmo lugar onde havia existido dois milênios antes? Ao ser erigido, no entanto, o estado de Israel desencadeou a privação dos habitantes árabes, que perderam casas, terras e identidade. Quem pode negar a injustiça histórica cometida contra os palestinos? Ou a sua legítima aspiração a um estado independente?
(Vilma Gryzinski - Revista Veja)
Israel não tem interesse em causar mortes. Tudo o que quer é deter os ataques do Hamas da única maneira que pode: eliminando os terroristas e destruindo seus arsenais. Não há outro meio de lidar com eles. O Hamas não é uma organização política com a qual acordos possam ser alcançados, mas uma gangue fanática com a intenção de varrer Israel do mapa. Para atingir seu objetivo, seus membros estão dispostos a transformar seus filhos em bombas humanas.
(Carlos Alberto Montaner, escritor e jornalista cubano, ex-preso político)
Por ser um país desenvolvido cercado de vizinhos em diferentes estágios de “civilização”, Israel paga, guardadas as devidas proporções, o preço que a classe média paga, no Brasil, em relação à criminalidade nas comunidades carentes: para uma certa visão míope, é sempre a culpada, porque, em tese, nessa forma enviesada de análise, os bandidos são sempre inocentes – são apenas pobres reagindo à desigualdade social (o que, claro está, é uma baita ofensa à imensa maioria dos pobres, que sofrem na miséria sem nunca pensar em delinquir). Enquanto isso, os verdadeiros culpados pelas desigualdades, lá como cá, não são mencionados nem en passant — e, ainda que o fossem, continuariam onde sempre estiveram, ou seja, nem aí.
(Cora Rónai - jornal O Globo)
Como um muçulmano egípcio, agora vivendo nos Estados Unidos, eu me pergunto por que a rua árabe e seus apoiadores no Ocidente nunca mostram resposta igualmente forte contra terroristas islâmicos que alvejam civis inocentes mundo afora, explodem mercados inteiros, com civis de origem predominantemente muçulmana no Iraque, Paquistão, Sudão, Turquia, etc.