SE O CINEMA É A SÉTIMA ARTE, QUAIS AS OUTRAS SEIS?



No verbete "Art" da versão francesa da Wikipédia (maravilhosa Internet, a maior biblioteca do mundo dentro de nossas modestas casas!) encontrei a resposta a esta pergunta. Ei-la (devidamente traduzida para o português):

“A sétima arte é uma expressão proposta em 1919 por Ricciotto Canudo para designar a arte cinematográfica.

Ricciotto Canudo foi um intelectual italiano, morando na França, amigo de Apollinaire e um dos primeiros críticos de cinema. Escreveu um livro em 1911 que intitulou La naissance du sixième art (O nascimento da sexta arte), onde considerou que o cinema realizava a síntese das “artes do espaço” (arquitetura, pintura e escultura) com as “artes do tempo” (música e dança). O cinema surgiu portanto como uma síntese de todas as cinco artes precedentes, do tempo e do espaço. O cinema é um instrumento de um novo renascimento.

Depois de ler Hegel acrescentou a poesia como a arte fundadora e escreveu Le manifeste des 7 arts (O manifesto das 7 artes), que consagrou a expressão “sétima arte” para o cinema. Em 1922, fundou a Gazette des sept arts (Gazeta das sete artes), uma das primeiras revistas de cinema.”

AFINAL, O QUE EXISTE NA CAIXA DE PANDORA? (E QUEM FOI PANDORA?)



Mais de uma vez, deparei em chats da Internet com o nick Pandora.

E vez ou outra, alguém joga na conversa uma alusão à caixa de Pandora. Mas afinal, quem foi Pandora, e o que guardava na caixa? Esta pergunta nos remete à história de Prometeu.

Literalmente, Prometeu significa previdente. Um dos Titãs, Prometeu foi incumbido por Júpiter de criar o ser humano do barro e água. Mas consternado com as deploráveis condições de vida dos homens, Prometeu subiu ao céu com Minerva, de onde trouxe para nós o fogo. Júpiter, irritado com a audácia do titã, mandou Vulcano forjar uma mulher dotada de todas as perfeições — daí o nome Pandora, do grego pan (todos) + dõron (presente), devido aos inúmeros dons e presentes recebidos dos diferentes deuses.

Júpiter deu a Pandora uma caixa fechada para que entregasse a Prometeu. Este, desconfiado, recusou-se a receber e abrir a caixa. Mas o irmão de Prometeu, Epimeteu, não resistiu aos encantos de Pandora: abriu a caixa fatídica e deixou escapar todos os males, que desde então assolam o mundo. Mas no fundo da caixa permaneceu a esperança.

Quanto a Prometeu, por ordem de Júpiter, acabou conduzido ao Monte Cáucaso e amarrado a um rochedo, onde uma águia lhe devora o fígado — para sempre.

SE OS PAÍSES RICOS FORMAM O PRIMEIRO MUNDO E OS PAÍSES POBRES, O TERCEIRO MUNDO, ONDE FICA O SEGUNDO MUNDO?

O Muro de Berlim, símbolo execrável da desumanidade do socialismo, fotografado por mim em 1985


A expressão Tiers Monde (Terceiro Mundo) foi criada pelo economista e demógrafo francês Alfred Sauvy num artigo publicado em L'Observateur de 14 de agosto de 1952. Traçando um paralelo com o Terceiro Estado do tempo da Revolução Francesa, referiu-se aos países que não pertenciam ao bloco ocidental nem ao bloco comunista. O artigo (“Trois mondes, une planète” — “Três Mundos, um planeta”) começa com este parágrafo:

Falamos facilmente de dois mundos presentes, de sua guerra possível, de sua coexistência, etc., esquecendo com frequência que existe um terceiro, o mais importante e, em suma, o primeiro cronologicamente. É o conjunto dos denominados [...] países subdesenvolvidos.

Sobre a origem da expressão, o próprio Alfred Sauvy escreveu posteriormente esta nota:

Em 1951, numa revista brasileira, falei de três mundos, sem empregar porém a expressão “Terceiro Mundo”. Criei e empreguei pela primeira vez esta expressão por escrito na revista francesa “l'Observateur” de 14 de agosto de 1952. O artigo terminava assim: “Pois enfim este terceiro mundo ignorado, explorado, desprezado como o terceiro estado quer ser, ele também, alguma coisa.” Reescrevi assim a famosa frase de Sieyes sobre o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa. Eu não acrescentei (mas disse, às vezes, de brincadeira) que se poderia equiparar o mundo capitalista à nobreza e o mundo comunista ao clero.

O Segundo Mundo, portanto, eram os países comunistas no tempo da Guerra Fria: URSS, China e Leste Europeu.